Ideias antigas

Fósseis, árvores, minorias, filhos e outras coisas fora de moda

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Apenas uma relíquia do Plioceno...

quarta-feira, novembro 29, 2006

O Corno, o Àimará e o Apedeuta - uma parábola do Brasil contemporâneo

ERA UMA VEZ um Corno. Que cortava árvores para fazer aço (seriam chapas de aço para revestir o chifre?). Mas as árvores estavam sendo cortadas na terra do Aimará, que não achou aquilo bom.

O Aimará mandou o Corno embora, com chapas de aço e tudo. De nada adiantou o Corno dizer que aquilo seria ruim para o desenvolvimento da terra do Aimará.

(Quem sabe um pouquinho que seja sobre os Aimarás entende que eles não ligam para as coisas deste mundo.)

O Corno, então, mudou-se para a terra do Apedeuta, que ficava bem ali pertinho. Os conselheiros do Apedeuta não acharam aquilo bom. Agora, as árvores do Apedeuta tombariam para queimar na fábrica de aço do Corno. Não era socialmente correto, disseram ao Apedeuta.

Então o Corno foi pessoalmente ao palácio do Apedeuta.

Saiu de lá com um sorriso de orelha a orelha (ou seria de chifre a chifre?). E continuou, feliz, a derrubar árvores na terra do Apedeuta para fazer chapas de aço para revestir seu chifre.

O Corno, revelou-se hoje, doou R$ 1 milhão para a campanha do Apedeuta.