Questão de ordem, caraíbas
NÃO É MUITO informativo dizer que a mortalidade infantil entre os índios do Vale do Javari é o triplo da média nacional. É preciso se perguntar qual é o baseline -- afinal, nações indígenas isoladas ou semi-isoladas no meio do mato tendem a ter uma dinâmica populacional bem diferente e são mesmo mais sujeitas a morte de crianças menores de 5 anos. Faz parte do jogo de viver na Idade da Pedra. Os guaranis favelados semi-urbanos do MS são um caso de descalabro, mesmo; dos korubo e dos kanamari eu não sei se diria o mesmo. E aí vem a pergunta: se é ético não interferir na vida dos índios no que tange à gestão de suas terras e de seus recursos naturais, é ético cobrar do poder público a redução de suas taxas de mortalidade infantil à média nacional? Qual é o limite da interferência? Eles devem ser integrados para que essa redução aconteça?
Não sei. Só sei que é muito triste ser índio nestes tempos e neste país.
Não sei. Só sei que é muito triste ser índio nestes tempos e neste país.
1 Comments:
Põe tristeza nisso. Ser índio, ser caboclo, ser terceirizado. Tristeza de Jeca.
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