É a economia, estúpido!
AS MORTES da freira americana Dorothy Stang, de bala, no Pará, e das duas crianças kaiowás,de fome, em Mato Grosso do Sul, têm a mesma causa-raiz. Quem matou uma e outras foi o agronegócio. A elite rural consolidada hoje em Mato Grosso do Sul, que concentra renda, exporta carne e deixa morrerem índios foi, a seu tempo, o que é a pressão por ocupação de terras públicas no Pará hoje: uma turba de grileiros, bandidos e assassinos. A seu tempo, os fazendeiros de Dourados derrubaram a mata e meteram chumbo em quem estivesse em seu caminho. Os índios que sobraram do "sélviço" já não oferecem perigo. São sobras, mesmo, ou sombras, destinadas a morrer de fome um pouco por dia.
Os grileiros mauzões de hoje no Pará serão os ganadeiros e sojeiros ilustres e beneméritos de amanhã, que levantam a "pujança do agronegócio", nas palavras de Arnaldo Jabor e de outros deslumbrados imbecis da grande imprensa. E assim se faz a balança comercial de um país que, 500 anos depois, continua agrícola e monocultor.
Os grileiros mauzões de hoje no Pará serão os ganadeiros e sojeiros ilustres e beneméritos de amanhã, que levantam a "pujança do agronegócio", nas palavras de Arnaldo Jabor e de outros deslumbrados imbecis da grande imprensa. E assim se faz a balança comercial de um país que, 500 anos depois, continua agrícola e monocultor.
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