Cretaceous Park
PELO VISTO SÓ EU e os editorialistas do New York Times achamos que a descoberta de células e vasos sangüíneos inteiros e ainda flexíveis em Tyrannosaurus é a notícia paleontológica da década. De cara, o achado inaugura a paleontologia molecular e celular de dinossauros. De cara, traz a confirmação mais direta até agora do link ave-terópode --os vasos do T. rex são iguaizinhos aos da galinha e do avestruz, uma sinapomorfia pra ninguém botar defeito. De cara, praticamente grita na cara das pessoas que os terópodes eram animais de sangue quente. Fora que, com todo respeito, ver as hemácias do bichão é simplesmente ducaralho.
E agora, para onde vamos? A equipe de Jack Horner (para quem não se lembra, foi o cara que demonstrou o comportamento altricial em hadrossauros, ao descobrir uma seqüência fantasticamente preservada de um ninho de um bicho que ele batizou de Maiasaurus, ou "lagarto boa mãe") diz que "vai tentar" chegar ao DNA. Quandl alguém diz que "vai tentar", meses após submeter o paper, é porque já estão fazendo as primeiras PCRs, se o material não estiver racemizado. Racemização (nome feio para a degeneração do DNA em sua molécula-espelho, imprestável para seqüenciamento) é um problema comum em fósseis. Muita coisa do Pleistoceno não pôde ser analisada por causa desse processo.
Mas, se chegarem, esqueça os mosquitinhos em âmbar e o DNA de rã (rã???) para completar as seqüências: teremos T. rex tal e qual. Não é difícil imaginar a montagem de um cassete de genes de dinossauro para expressar, digamos, num avestruz. Com todas as minhas restrições aos transgênicos, seria do graaande caralho.
Outra possibilidade é fazer filogenia com base em proteínas do sangue, por exemplo. Tem um monte de gente fazendo isso para ave. Vai dar para saber, por exemplo, qual é a data do ancestral comum entre o T. rex e a galinha. Hot or not?
E agora, para onde vamos? A equipe de Jack Horner (para quem não se lembra, foi o cara que demonstrou o comportamento altricial em hadrossauros, ao descobrir uma seqüência fantasticamente preservada de um ninho de um bicho que ele batizou de Maiasaurus, ou "lagarto boa mãe") diz que "vai tentar" chegar ao DNA. Quandl alguém diz que "vai tentar", meses após submeter o paper, é porque já estão fazendo as primeiras PCRs, se o material não estiver racemizado. Racemização (nome feio para a degeneração do DNA em sua molécula-espelho, imprestável para seqüenciamento) é um problema comum em fósseis. Muita coisa do Pleistoceno não pôde ser analisada por causa desse processo.
Mas, se chegarem, esqueça os mosquitinhos em âmbar e o DNA de rã (rã???) para completar as seqüências: teremos T. rex tal e qual. Não é difícil imaginar a montagem de um cassete de genes de dinossauro para expressar, digamos, num avestruz. Com todas as minhas restrições aos transgênicos, seria do graaande caralho.
Outra possibilidade é fazer filogenia com base em proteínas do sangue, por exemplo. Tem um monte de gente fazendo isso para ave. Vai dar para saber, por exemplo, qual é a data do ancestral comum entre o T. rex e a galinha. Hot or not?
1 Comments:
Fucking hot! E que bicho deu essa estória? Alguma novidade? Ah, parabéns pelo blogue. Muito legal.
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