Recadinho dos ancestrais
SE ENTENDESSEM um pouco da arqueologia de seu próprio país, o presidente sainte do Chile, Ricardo Lagos, e sua substituta, Michelle Bachelet, veriam como um péssimo presságio a cerimônia indígena de posse de Evo Morales em Tiwanaku. O aimará presidente estava portando um poncho vermelho e um gorro de quatro pontas, e foi empossado no antigo centro cerimonial que era sede religiosa de um dos impérios mais poderosos do continente.
O gorro de quatro pontas era um símbolo de status entre os tiwanacotas. O registro arqueológico da região do Atacama chileno (Norte Grande), do rio Loma a Arica, é pródigo nesses chapeuzinhos gozados. Eles são testemunho da época em que toda aquela região era dominada pelos aimarás que desciam o morro da Bolívia e ocupavam a Pampa do Tamarugal, o litoral de Iquique e Arica e todas as quebradas atacamenhas. Talvez Morales não tenha feito de propósito, mas seu barrete é quase uma declaração de direito de posse da faixa litorânea do Atacama, usurpada à Bolívia pelos chilenos no século 19.
Te cuida, Bachelet.
O gorro de quatro pontas era um símbolo de status entre os tiwanacotas. O registro arqueológico da região do Atacama chileno (Norte Grande), do rio Loma a Arica, é pródigo nesses chapeuzinhos gozados. Eles são testemunho da época em que toda aquela região era dominada pelos aimarás que desciam o morro da Bolívia e ocupavam a Pampa do Tamarugal, o litoral de Iquique e Arica e todas as quebradas atacamenhas. Talvez Morales não tenha feito de propósito, mas seu barrete é quase uma declaração de direito de posse da faixa litorânea do Atacama, usurpada à Bolívia pelos chilenos no século 19.
Te cuida, Bachelet.
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