I'm gonna roll it, but I'm not gonna light it now
VOCÊ ACHAVA QUE não poderia ficar pior, né? Que a administração Bush já havia chegado ao seu limite no assassinato seguido de estupro (ou vice-versa) da ciência. Pois bem: você se enganou. A última do governo americano para regular os costumes à revelia das evidências foi o anúncio da FDA, agência de remédios e alimentos dos EUA, de que "nenhum estudo científico sério" apoiava o uso médico da maconha.
Bem, acontece que há, sim, um estudo científico sério mostrando que a erva danada traz, sim, benefícios a pacientes (em quimioterapia, por exemplo). E ele não foi encomendado pelo Cartel de Juárez, nem pelo Fernandinho Beira-Mar. Quem encomendou o estudo, em 1997, foi, vejam só, o Escritório de Política de Controle de Drogas... da Casa Branca. Eu falei que esses democratas eram mesmo uns maconheiros imprestáveis.
Bom, o estudo (que tem entre seus revisores gente de Columbia, Cornell, Harvard e todo o resto da Ivy League) levou dois anos para ficar pronto. Saiu só em 1999. Está longe de ser um panfleto pró-drogas. E, antes que você faça a piadinha do "tragada ou não?", lembro que o presidente democvrata que estava no comando na época foi o criador do Plano Colômbia. Ou seja, os EUA não passaram de tolerantes a caretas entre jumento e elefante. A diferença é que o governo anterior era, como disse o Thomas Friedman, parte da "evidence-based community".
Diz o relatório encomendado por Clinton à Academia Nacional de Ciências:
Recommendation 1: Research should continue into the physiological effects of synthetic and plant-derived cannabinoids and the natural function of cannabinoids found in the body. Because different cannabinoids appear to have different effects, cannabinoid research should include, but not be restricted to, effects attributable to THC alone.
Scientific data indicate the potential therapeutic value of cannabinoid drugs for pain relief, control of nausea and vomiting, and appetite stimulation. This value would be enhanced by a rapid onset of drug effect.
Não que a determinação da FDA mude alguma coisa nos onze Estados que já permitem o uso medicinal da erva danada. Segundo o New York Times, uma decisão da Suprema Corte no ano passado autoriza o governo a prender qualquer usuário de maconha, medicinal ou não, em qualquer um dos 50 Estados.
Se segura, malandro, pra tratar a doença tem hora.
Bem, acontece que há, sim, um estudo científico sério mostrando que a erva danada traz, sim, benefícios a pacientes (em quimioterapia, por exemplo). E ele não foi encomendado pelo Cartel de Juárez, nem pelo Fernandinho Beira-Mar. Quem encomendou o estudo, em 1997, foi, vejam só, o Escritório de Política de Controle de Drogas... da Casa Branca. Eu falei que esses democratas eram mesmo uns maconheiros imprestáveis.
Bom, o estudo (que tem entre seus revisores gente de Columbia, Cornell, Harvard e todo o resto da Ivy League) levou dois anos para ficar pronto. Saiu só em 1999. Está longe de ser um panfleto pró-drogas. E, antes que você faça a piadinha do "tragada ou não?", lembro que o presidente democvrata que estava no comando na época foi o criador do Plano Colômbia. Ou seja, os EUA não passaram de tolerantes a caretas entre jumento e elefante. A diferença é que o governo anterior era, como disse o Thomas Friedman, parte da "evidence-based community".
Diz o relatório encomendado por Clinton à Academia Nacional de Ciências:
Recommendation 1: Research should continue into the physiological effects of synthetic and plant-derived cannabinoids and the natural function of cannabinoids found in the body. Because different cannabinoids appear to have different effects, cannabinoid research should include, but not be restricted to, effects attributable to THC alone.
Scientific data indicate the potential therapeutic value of cannabinoid drugs for pain relief, control of nausea and vomiting, and appetite stimulation. This value would be enhanced by a rapid onset of drug effect.
Não que a determinação da FDA mude alguma coisa nos onze Estados que já permitem o uso medicinal da erva danada. Segundo o New York Times, uma decisão da Suprema Corte no ano passado autoriza o governo a prender qualquer usuário de maconha, medicinal ou não, em qualquer um dos 50 Estados.
Se segura, malandro, pra tratar a doença tem hora.
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