Ideias antigas

Fósseis, árvores, minorias, filhos e outras coisas fora de moda

Minha foto
Nome:

Apenas uma relíquia do Plioceno...

quinta-feira, março 31, 2005

Plus ça change...

UM AMIGO francês me avisa que, lá na Velha Europa, a tradução literal de "neocon" é "novo babaca".

Está provado

AMAZONENSE não sabe fazer bombom de cupuaçu.

quarta-feira, março 30, 2005

Cretaceous Park 2

CORREÇÃO: não fomos só eu e os editorialistas do NYT. Paleontólogos do mundo inteiro já estão de fêmures na mão batendo à porta dos labs de biologia molecular. Todo mundo quer desmineralizar osso agora.

Sabe o que eu acho? Jurassic Park vem aí. Um dia algum filho da puta vai achar um DNA de dino que não esteja racemizado. Estou torcendo.

segunda-feira, março 28, 2005

Cretaceous Park

PELO VISTO SÓ EU e os editorialistas do New York Times achamos que a descoberta de células e vasos sangüíneos inteiros e ainda flexíveis em Tyrannosaurus é a notícia paleontológica da década. De cara, o achado inaugura a paleontologia molecular e celular de dinossauros. De cara, traz a confirmação mais direta até agora do link ave-terópode --os vasos do T. rex são iguaizinhos aos da galinha e do avestruz, uma sinapomorfia pra ninguém botar defeito. De cara, praticamente grita na cara das pessoas que os terópodes eram animais de sangue quente. Fora que, com todo respeito, ver as hemácias do bichão é simplesmente ducaralho.

E agora, para onde vamos? A equipe de Jack Horner (para quem não se lembra, foi o cara que demonstrou o comportamento altricial em hadrossauros, ao descobrir uma seqüência fantasticamente preservada de um ninho de um bicho que ele batizou de Maiasaurus, ou "lagarto boa mãe") diz que "vai tentar" chegar ao DNA. Quandl alguém diz que "vai tentar", meses após submeter o paper, é porque já estão fazendo as primeiras PCRs, se o material não estiver racemizado. Racemização (nome feio para a degeneração do DNA em sua molécula-espelho, imprestável para seqüenciamento) é um problema comum em fósseis. Muita coisa do Pleistoceno não pôde ser analisada por causa desse processo.

Mas, se chegarem, esqueça os mosquitinhos em âmbar e o DNA de rã (rã???) para completar as seqüências: teremos T. rex tal e qual. Não é difícil imaginar a montagem de um cassete de genes de dinossauro para expressar, digamos, num avestruz. Com todas as minhas restrições aos transgênicos, seria do graaande caralho.

Outra possibilidade é fazer filogenia com base em proteínas do sangue, por exemplo. Tem um monte de gente fazendo isso para ave. Vai dar para saber, por exemplo, qual é a data do ancestral comum entre o T. rex e a galinha. Hot or not?

domingo, março 27, 2005

Emergência emergente

DEU NO GLOBO: O "vírus hemorrágico marburg" já matou centoenãoseiquantos em Angola.

Pergunta: o que vem a ser um vírus hemorrágico?

terça-feira, março 22, 2005

Vida vegetativa (e sem pepperoni)

OS PAIS DE Terri Schiavo deveriam refletir sobre o seguinte ponto: de que vale viver eternamente e não poder comer pizza?

segunda-feira, março 21, 2005

Vai shoyu aí?

EU ODEIO notícias de economia, mas o Valor Econômico de hoje tem uma história pra deixar a moçada ambientalóide esperta (ou arrepiada). Basicamente deu merda com a safra de soja no sul do país, e os preços voltaram a se recuperar. Quem se dá bem com isso? Um Mupy para quem disse "Mato Grosso".

Bates é firmeza

DESPACHO de Eduardo Gerarque para a Agência Fapesp conta a história de um bibliotecário do Pará que estuda a influência da obra de Henry Bates 150-e-tantos anos depois de sua expedição à Amazônia. Bates era amigo do herói número 1 do meu panteão, Alfred Russel Wallace. Os dois vieram ainda moleques para Belém fazer coisas que hoje dariam cadeia por biopirataria. Bates era mais meticuloso e mais criterioso que Wallace. Provavelmente era muito melhor naturalista, também. Mas e daí? Ele não descobriu a seleção natural...

Abaixo, o link para o paper no Scielo:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19652004000200006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

E, aqui, a cereja do bolo: o link para a edição on-line do livro de Bates O Naturalista no Rio Amazonas. Tesão.

http://manybooks.net/titles/bateshenetext00notra10.html

domingo, março 20, 2005

Minha amiga é sapatão

NO MESMO DIA em que o poderoso Severino Cavalcanti recebeu a comitiva dos gays na Câmara, recebi eu a notícia de que a minha amiga Kelly (nome mais ou menos fictício) virou sapo. Quer dizer, sapa. Descobriu que gosta de mulher. Lésbica. Sapatão. Cola velcro. Bolacha. Põe a aranha pra brigar. Pasta no carpete.

Não a condeno. Eu também me sinto irremediavelmente atraído pelo sexo feminino (e essa, aliás, é a causa de 80% dos meus problemas). Mas tem muita gente que condenaria a minha amiga, enquanto eu, apesar de não resistir a fazer uma piada de gaúcho de vez em quando, me coloco no "S" do trinômio. "S" de "simpatizante", bem-entendido. Não de "Severino".

Portanto, eu e a Kelly gostamos de mulher. E o que nos faz diferentes? Claro, claro, no lugar onde ela tem um X eu tenho um Y. Essa é uma diferença. Ela tem peitos, eu não. E eu tenho um pênis onde ela tem um clitóris. Pra começo de conversa.

Bem, essas duas últimas e, diria, mais salientes diferenças não são assim tãão diferentes. Meus mamilos surgiram provavelmente como sub-produto do plano embrionário que produziu seios na Kelly para alimentar suas crias. Guarde o final da frase anterior para daqui a pouco. E o clitóris da Kelly surgiu provavelmente como subproduto do plano embrionário que produziu a minha potente e enorme (difícil resistir à piada aqui) lança. Ou seja, o instrumento de prazer sexual por excelência das lésbicas não tem mais função evolutiva do que os meus ridículos mamilos, se você for um adaptacionista ferrenho.

Mas é aqui que os adaptacionistas ferrenhos se ferram (dãã!). Como se ferram também os que, como meu amigo Severino, insistem em achar que não há nada "natural" em ser baitola, ou dyke. Em um de seus raros momentos de lucidez ao criticar o "programa adaptacionista", que ele via mais ou menos como uma conspiração, o paleontólogo americano Stephen Jay Gould argumentou que o clitóris, por subproduto que seja, foi obviamente cooptado para o sexo em algum momento do nosso passado hominóide. A seleção natural não precisou realizar esse exame ginecológico tão rigoroso; há coisas que acontecem sem a sua chancela. Assim como comportamentos homossexuais, apesar de não serem "adaptações" óbvias, do jeito que a gente aprende, têm seu valor evolutivo.

E? Bem, eu quero chegar no seguinte ponto: dizer que ser lésbica é "anti-natural", como adorariam a direita e os criacionistas, é ignorar a boiologia, quer dizer, a biologia. É um argumento que não sobrevive ao mínimo escrutínio científico e que, portanto, não deveria ter lugar no Congresso brasileiro.

A princípio, evoluímos todos para foder adoidado, ter muitos filhos, roubar toda a comida (ou grana ou emprego) dos nossos oponentes e, no caso dos machos, executar sumariamente machos que não sejam da sua panelinha ou que tenham tido o prazer de foder adoidado com o seu harém. À exceção da última, não fazemos nenhuma dessas coisas. Muita gente opta por não ter filhos. Muita gente opta por ser honesta. E muita gente, até mesmo em São Paulo, opta por não sair por aí matando os outros.

Esqueça a lei. Há um valor evolutivo em ser legal. E, no nosso caso, há valores culturais também, que podem ou não acabar incluídos no mélange genético da espécie um dia (tem quem diga que o valor cultural de cozinhar, por exemplo, mudou a biologia humana. E os argumentos são bons). Ninguém diria que um sujeito pintoso, brilhante e cheio da grana como Steven Pinker é uma "aberração" ou um caso típico de maus genes porque ele optou por não ter filhos. E, se você for levar o adaptacionismo a ferro e a fogo, é isso o que ele é.

Portanto, fazer uma opção por sexo com gente do mesmo sexo também é um ato de darwinocídio, algo que não teria sido autorizado pela seleção natural a surgir, pra começo de conversa. Será? Vejamos o que acontece com nossos parentes mais próximos, os chimpas. Na verdade, com nosso parentes mais próximos não tão próximos, os bonobos (Pan paniscus). Entre as fêmeas da espécie, colar velcro é uma etapa obrigatória na vida. Os africanos até deram um nome ao ato: "huka-huka". Fêmeas jovens geralmente são seduzidas pelas mais velhas e têm longos relacionamentos homossexuais com estas. Que um dia acabam, quando essas fêmeas jovens resolvem procriar.

Graças em parte ao huka-huka, as tensões sociais entre os bonobos são muito menores que entre chimpanzés e humanos. O homossexualismo, entre elas, serve para formar alianças entre fêmeas. E impedir coisas bem conhecidas nas sociedades das duas outras espécies de primatas: estupros, exploração sexual de fêmeas, dominância e hierarquia patriarcal que leva à formação de gangues, a raids e, no nosso caso, a guerras.

Chimpanzés também praticam homossexualismo, assim como babuínos e diversos mamíferos não-primatas. Segundo o biólogo e biroba Bruce Baghemil, tem até ursas lésbicas que criam filhotes em "casal". Longe de ser aberrante, é um comportamento que tem função em sociedade. Quanto mais complexa uma sociedade animal, nota-se, maior a possibilidade de o homossexualismo evoluir.

Evoluir, sim. Está nos genes, embora ninguém saiba ainda em qual(is). É algo universal demais para ser apenas uma questão cultural -- e quem discorda por favor me apresente uma sociedade só de héteros. O Rio Grande do Sul não vale... No caso das sociedades humanas e em homossexiais que cortam de um lado só, fica a questão: qual será o trade-off evolutivo? O que o homossexualismo oferece de vantagens (além de bom gosto para decorar a casa) para que possa seguir invisível à seleção natural? Adaptação strictu sensu? Duvido. Subproduto de alguma outra coisa, ou de algum comportamento estritamente adaptativo? Aposto que sim. E não há nada errado nisso. Não mais do que curtir os peitos da sua namorada (OK, ou "namorado" -- satisfeita, bicha?), mesmo que não seja para matar a fome.

quinta-feira, março 17, 2005

This Bird has flown

AGORA FUDEU DE VEZ: Paul Wolfowitz, ex-braço direito de Don Ruminantesfeld, é o novo presidente do Banco Mundial. Pelo menos ele não era da Ku Klux Klan, como seu comparsa John Aschcroft.
Senão vejamos. O governo Grogue Bush, do qual Wolfowitz é um dos falcões-maiores, quer brocar o Alasca. Liberou corte raso nas florestas nacionais, reduziu áreas de wilderness e ameaça derrubar o Ato das Espécies Ameaçadas, tudo em nome do desenvolvimento. E eu não estou nem falando de Kyoto.
Qual você acha que será a política de "desenvolvimento" dele para a Amazônia? Quem souber ganha uma passagem para Bagdá.

quarta-feira, março 16, 2005

Teoria da conspiração

UM PASSARINHO TRANSGÊNICO ME CONTOU que as primeiras "importações informais" da soja Maradona da Argentina para o Rio Grande do Sul tiveram o dedo verde da Monsatan por trás. Pista disso é o fato de o diretor de marketing da empresa na Argentina quando os vizinhos de baixo abriram as pernas para a frankensoja é hoje presidente da empresa no Brasil.
Provas disso é claro que o passarinho não tem. Ma, se non è vero, è bene trovato...

terça-feira, março 15, 2005

Behe o quanto quiser

ACABO DE DESCOBRIR que os editores da Scientific American também são blogueiros. O çaite chama SciAm Perspectives, e tem várias postagens interessantes (pra quem tem saco de ler tratados na internet). Particularmente legal é uma resposta ponto a ponto a um ensaio de Michael Behe, o débil mental-mor do "design inteligente" (movimento político "laico" que está para o criacionismo como o Herri Batasuna está para o ETA). Concordo com John Rennie: o mais sensato é ignorar esses malucos, mas é irresistível responder a eles. É tipo que nem coçar frieira, manja?
O link está aí embaixo. Divirta-se.

http://sciam-editor.typepad.com/weblog1/2005/02/behes_booboos.html

segunda-feira, março 14, 2005

Deu no Washington Post

NADA MENOS QUE 19 Estados americanos lutam hoje com ações legais que visam "democratizar" o ensino médio, ensinando "juntamente com o evolucionismo" a "teoria" do design inteligente. Eu já vi esse filme. Eles dizem que não querem substituir Darwin, mas apontam "dificuldades incontornáveis" na teoria da evolução pela seleção natural. Tão incontornáveis que a solução lógica, bien sûr, é postular uma consciência sobrenatural (adivinhe quem é?) guiando o mundo vivo.
Eu vou dizer o nome do último criacionista honesto: Charles Robert Darwin.


******************

E DEU NA FOLHA ON-LINE

Que "cientistas" encontram cada vez mais "problemas" na teoria da evolução. Quem é entrevistado? Michael Behe, o ideólogo-mor do design inteligente.
A matéria é tão absurda que rendeu até carta de parabéns do Enézio.

sexta-feira, março 11, 2005

Churchill explica

DE QUEM ERA MESMO aquele comentário sobre o verdadeiro estadista, que se dá a conhecer por fazer o que deve ser feito?

quarta-feira, março 09, 2005

No táxi

- Quente, hoje, né? Tudo o que não esquentou em janeiro esquentou agora.
- É, queridão. Mas isso aí já estava mais do que previsto.
- Ah, é?
- É, chefe. Tem uma mudança climática violenta vindo aí.
- ?!
- Isso aqui vai virar um inferno. De calor. E aí vai vir também uma era glacial, sabe? Mas, com a força do Sol, o calor vai dominar em cima da era glacial. Os nossos bisnetos vão pegar um planeta ferrado, meu chefe.
- ??!!
- Tudo culpa de uns países aí, que ficam botando a economia deles na frente do planeta. Quero ver quando a Terra esquentar, como é que vai ser, se vai ter economia.
(Bons tempos aqueles em que os taxistas eram só malufistas).

Urubu

E tem muitos mais por empacotar (vida longa a todos eles): Leite Lopes, Aziz Ab'Saber, Paulo Vanzolini, Freeman Dyson, John Wheeler, E. O. Wilson e...
Stephen Hawking.

Cluster cases

EM 2002, foi o Jóta Reis num dia e o Steve Jay Gould no outro.
EM 2005, foi Hans Bethe num dia e César Lattes no outro.

Conclusão: cientistas morrem em clusters.

terça-feira, março 08, 2005

Efeito Orloff

ESTE MUNDO talvez tenha jeito: a onipotente China acaba de baixar regras mais rígidas para a instalação de indústrias pesadas e altamente poluidoras, como a siderúrgica e a de cimento. OK, OK, o movimento se destinou unicamente a frear a galopada de 9,5% de crescimento ao ano, mas que é um greenwash bacana, isso é. Shellemberger e Nordhaus talvez tenham razão ao concluir que a categoria mental "meio ambiente" só atrapalha.

domingo, março 06, 2005

Freudiana 2

(NO CONSULTÓRIO PSIQUIÁTRICO)
Toca o telefone.
- Alô. Oi, Fulana.
- Sim, estou. Muito, muito, muito ocupado.
- (Com raiva) Fulana, você acabou de me perguntar se eu estava ocupado. Eu disse que estava. Não vou falar com você!
(desliga. e se desculpa)
- Paciente esquizofrênica...

Freudiana

MEU PSIQUIATRA (é chique ter um psiquiatra!) disse para eu dar vazão ao meu "emocional".
Fi-lo ver que isso é coisa de viado.

Conan Doyle explica

O CORPO da freira esfriou, e os jornais começam a devolver a Amazônia à condição de terra mítica encravada nalgum rincão remoto da América do Sul, onde homens-macacos desfrutam seu estado de natureza ao lado de pterossauros e mamutes. Daqui a uma semana, é uma nota de pé de página. "Depois mais nada", diria Pessoa.

Rasta

O PALEONTÓLOGO e reggaeman Yohannes Hailé-Selassié (aliás, um milhão de bihrr para quem me disser qual é a relação dele com THE Hailé-Selassié, o Príncipe Tafari e deus dos rastas) achou mais um hominídeo naquela região Afar, Afar away da Etiópia. Ele diz que se trata do primeiro bípede, o que eu duvido: minha aposta é o Sahelanthropus (7 my). Mas temos também Orrorin (6 my) e A. ramidus (4,5 my). Acho que este Selassié fumou muita maconha.

sábado, março 05, 2005

E o Torquemada vai para...

CLARO QUE ninguém se lembra da instituição do Prêmio Torquemada de Obscurantismo, algumas postagens atrás. O Brasil finalmente tem um candidato: o procurador-geral da República, o franciscano Cláudio Fontelles, que resolveu se levantar contra a constitucionalidade da Lei de Biossegurança após refletir muito... ao ver um programa da Rede Vida!

sexta-feira, março 04, 2005

Nueve reinas

NÃO DISCUTA: Néstor Kirchner é o maior herói que a América Latina viu nascer desde a redemocratização.

quinta-feira, março 03, 2005

Dia do milagre

SEVERINO desistiu do auto-aumento.
PASSOU a permissão aos estudos com células-tronco embrionárias.
SÓ FALTA o meu patrão me dar um salário de deputado e um mês de férias.

quarta-feira, março 02, 2005

Questão de ordem, caraíbas

NÃO É MUITO informativo dizer que a mortalidade infantil entre os índios do Vale do Javari é o triplo da média nacional. É preciso se perguntar qual é o baseline -- afinal, nações indígenas isoladas ou semi-isoladas no meio do mato tendem a ter uma dinâmica populacional bem diferente e são mesmo mais sujeitas a morte de crianças menores de 5 anos. Faz parte do jogo de viver na Idade da Pedra. Os guaranis favelados semi-urbanos do MS são um caso de descalabro, mesmo; dos korubo e dos kanamari eu não sei se diria o mesmo. E aí vem a pergunta: se é ético não interferir na vida dos índios no que tange à gestão de suas terras e de seus recursos naturais, é ético cobrar do poder público a redução de suas taxas de mortalidade infantil à média nacional? Qual é o limite da interferência? Eles devem ser integrados para que essa redução aconteça?
Não sei. Só sei que é muito triste ser índio nestes tempos e neste país.

terça-feira, março 01, 2005

A profecia de Orlando

LEIO na mesma Folha que cinco crianças xavantes morreram de fome nos últimos meses. Outra bola mais do que cantada há tempos. Ninguém (governo) deu a mínima. Cumpre-se, assim, a profecia de Orlando Villas Bôas em declaração a Ulisses Capozoli milênios atrás: "Os índios, tal como os conhecemos, não sobreviverão."

Filogenética

POR QUE RAZÃO a Folha de S.Paulo insiste em achar que guaranis e kaiowás são etnias diferentes?